sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

As quatro Velas

(a partir de uma mensagem recebida pela Internet)
Quatro velas ardiam sobre a mesa,
E falavam da vida e tudo o mais.
A primeira, tristonha: “Eu sou a PAZ,
Mas o mundo não quer me ver acesa…”

A segunda, em soluços desiguais:
“Sou a FÉ! Mas é triste a minha empresa:
Nem de Deus se respeita a Realeza…
Sou supérflua, meu fogo se desfaz…”

A terceira sussurra, já sem cor:
“Estou triste também, eu sou o AMOR…
Mas perdi o fulgor como vocês…”

Foi a vez da ESPERANÇA – a quarta vela:
“Não desiste ninguém! A Vida é bela!
E acendeu novamente as outras três!

Dedé Monteiro
Tabira, 12/02/2009

Lançamento Duplo!

Hoje, às 20horas, na Churrascaria "O Nogueirão" haverá o lanaçamento dos Livros: " Meu Quarto Baú de Rimas" do poeta Dedé Monteiro e "Vida e Versos" de Gonga Monteiro!
O livro já foi lançado em Afogados da Ingazeira e São José. Dia 05, o livro será lançado na cidade de Tuparetama.


Será uma noite mais que memorável, não percam!



domingo, 23 de janeiro de 2011

Wave


Vou te contar
Os olhos já não podem ver
Coisas que só o coração
Pode entender
Fundamental é mesmo o amor
É impossível ser feliz sozinho...

O resto é mar
É tudo que eu não sei contar
São coisas lindas
Que eu tenho prá te dar
Fundamental é mesmo o amor
É impossível ser feliz sozinho...

Da primeira vez
Era a cidade
Da segunda o cais
E a eternidade...

Agora eu já sei
Da onda que se ergueu no mar
E das estrelas
Que esquecemos de contar
O amor se deixa surpreender
Enquanto a noite
Vem nos envolver...

João Gilberto

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Aceitarás o amor como eu o encaro ?...


Aceitarás o amor como eu o encaro ?...
...Azul bem leve, um nimbo, suavemente
Guarda-te a imagem, como um anteparo
Contra estes móveis de banal presente.


Tudo o que há de melhor e de mais raro
Vive em teu corpo nu de adolescente,
A perna assim jogada e o braço, o claro
Olhar preso no meu, perdidamente.


Não exijas mais nada. Não desejo
Também mais nada, só te olhar, enquanto
A realidade é simples, e isto apenas.


Que grandeza... a evasão total do pejo
Que nasce das imperfeições. O encanto
Que nasce das adorações serenas.

Mário de Andrade

sábado, 15 de janeiro de 2011

Ana e o Mar



Veio de manha molhar os pés na primeira onda
Abriu os braços devagar… e se entregou ao vento
O sol veio avisar… que de noite ele seria a lua,
Pra poder iluminar… Ana, o céu e o mar

Sol e vento, dia de casamento
Vento e sol, luz apagada num farol
Sol e chuva, casamento de viúva
Chuva e sol, casamento de espanhol

Ana aproveitava os carinhos do mundo
Os quatro elementos de tudo
Deitada diante do mar
Que apaixonado entregava as conchas mais belas
Tesouros de barcos e velas
Que o tempo não deixou voltar

Onde já se viu o mar apaixonado por uma menina?
Quem já conseguiu dominar o amor?
Por que é que o mar não se apaixona por uma lagoa?
Porque a gente nunca sabe de quem vai gostar?

Ana e o mar… mar e Ana
Historias que nos contam na cama
Antes da gente dormir

Ana e o mar… mar e ana
Todo sopro que apaga uma chama reacende o que for pra ficar

Quando Ana entra n’água
O sorriso do mar drugada
se estende pro resto do mundo
abençoando ondas cada vez mais altas
barcos com suas rotas e as conchas que vem avisar
desse novo amor… Ana e o mar.

O Teatro Mágico

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

" ... Sou talvez a visão que alguém sonhou
Alguém que veio ao mundo pra me ver
E que nunca na vida me encontrou ..."
Florbela Espanca

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Arte de Amar

Se quiseres sentir a felicidade de amar, esquece a tua alma.
A alma é que estraga o amor.
Só em Deus ela pode encontrar satisfação.
Não noutra alma.
Só em Deus - ou fora do mundo.
As almas são incomunicáveis.

Deixa o teu corpo entender-se com outro corpo.

Por que os corpos se entendem, mas as almas não.


Manuel Bandeira

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

"Foi o tempo que dedicaste à tua rosa que a fez tão importante"
O Pequeno Príncipe

domingo, 9 de janeiro de 2011

"...Porque eu fazia do amor um cálculo matemático errado:
pensava que, somando as compreensões, eu amava. 
Não sabia que, somando as incompreensões é que 
se ama verdadeiramente..."


Clarice Lispector